A máxima de que os cães e os gatos são inimigos não se aplica a todos os casos. Esses pets podem viver em harmonia. E se surgirem as brigas, o tutor é a peça fundamental para evitar os conflitos. A informação é da médica veterinária Simone Liepkan, da Clínica Veterinária Bicho Mania, de Santa Bárbara d’Oeste. Tanto é verdade que Simone tem três cães (o pintcher Pitt, de 11 anos, o mestiço de porte médio Spyke, de 13 anos, e a beagle Jessie, de 11 anos) e adotou os gatinhos Shermann e Shushi com cinco meses. Segundo ela, todos vivem bem juntos.
“Sempre tive cão e gato e nunca tive problemas”, disse. Mas para cada regra há uma exceção. Quanto o gato fica com o pelo ouriçado pode ter certeza que lá vem briga.
Segundo Simone, um dos motivos dos conflitos são os hormônios nos machos, que deixam os pets mais agressivos e agitados. Além disso, no grupo pode ter o animal alfa, aquele que seria o líder da matilha se estivesse na natureza. O gato e o cachorro alfa não admitem se submeter ao outro. Para a veterinária, se a animosidade for grande, o dono pode pedir ajuda para um adestrador. Para a médica, o proprietário tem de ser o líder na casa, porque os animais são dependentes dele. Então, o tutor tem de ensinar os animais, mostrar os comportamentos adequados e chamar atenção dos bichinhos quando brigarem.
Dicas
• Causas da agressividade entre cães e gatos
• Presença do hormônio testosterona nos machos, o que estimula a agressividade e a disputa pelo território
• Competição pelo espaço
• Competição por comida
• Disputa pela atenção do dono
• Como aproximar cães e gatos
• Tutor deve buscar informações sobre como lidar com os animais, e ajuda profissional, se houver necessidade
• Estimular a aproximação gradativa
• Castrar cães e gatos machos e fêmeas, pois isso deixa os animais menos agressivos
• Evitar a competição por alimentos, por espaço e para chamar a atenção dos donos